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Diário da Piscina

O Diário de Piscina veio pela É selo de língua – editora É/2017.

E revela o funcionamento cotidiano de minhas aulas de natação para recuperação de sequelas motoras ocasionadas por neurotoxoplasmose, adquirida por HIV. Os registros diários vão de julho do ano 2000 a abril de 2001. Ao irmos no ritmo da leitura, na repetição do cotidiano de quem aprende a nadar, a piscina se transforma em rio, córrego, lagoa, mar e é como se nadássemos juntos. A Isabel disse que é como se reaprendêssemos o nado, o andar, o ler e o escrever. A beleza dos parágrafos tocados de simplicidade e amor. A relação distante e, ao mesmo tempo, funda dos que frequentam socialmente a piscina, cada qual no impulso de seu próprio corpo navegando, cortando a água.

Pra mim, mais que uma estória, “Diário da Piscina” é uma situação, um lugar de trânsito e, ao mesmo tempo, de permanência. Os nomes todos saídos da Roma Antiga.

O mote do livro veio de “Era Nova”, uma das músicas de Gilberto Gil:

“Falam tanto de uma nova era, quase esquecem do eterno é.”

Diário da piscina traz anotações feitas durante aulas de natação que lhe foram recomendadas como fisioterapia.

LUÍS CAPUCHO

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